domingo, julho 17, 2005

Cor-de-fogo

Tu choras lágrimas de cera e eu já não acredito em velas. Quando voltares a ser vulcão eu serei cinza e pousarei um pouco por todos os lugares que acordaram quando a noite se fez fogo.

segunda-feira, julho 11, 2005

Licor

Vês? Sorvo-te. Deste cálice o líquido verte-se como fera predadora sobre os meus lábios. Bebo-te de um só gole. Sinto-te a correr por dentro de mim. Ardes-me, dóis-me, magoas. Ouço as tuas garras a arranhar o meu esófago. Estás dentro de mim. Já não tenho sede.