sábado, novembro 25, 2006

Estrelas cadentes

Havia no céu uma estrela que esperava. Passavam os dias monótonos e as noites longas e, em silêncio, sabia o que esperava. Não sabia quantas noites teria de brilhar ainda, mas esperava como quem não espera, porque quem espera tem a ansiedade de deixar de esperar. E a estrela brilhava, serena, e às vezes esquecia que o momento podia chegar.
Um segundo só bastou para interromper a sua espera. Piscou três vezes como quem suspira, e lançou-se no infinito do cosmos, espalhando brilho por onde passava, como quem sorri.
Cá em baixo, a anos luz de distância, havia um céu estrelado a brilhar num olhar encantado. "Nunca tinha visto uma estrela cadente..."