Verdes...
Um passo.
Verdes...
Outro passo.
Verdes. Verdes. Verdes.
Uma corrida apressada para atrasar o tique-taque do relógio autoritário que interrompe a ladainha mental.
Só quer que sejam verdes. Os olhos. Dela. Claros, escuros, translúcidos ou profundos, não importa. Mas verdes, sim. Porque os imaginou assim. Porque já os viu de todas as vezes em que sonhou com ela. Que seja ela.
Verdes...
Na praça inundada de sol procura por entre as mesas, como combinaram. Como lhe disseram que ia ser. Ela sorri muito e ele sabe que é ela. Porque sorri com os olhos
verdes.
A conversa flui como boa música, que nunca acaba porque ninguém tem coragem de lhe impor um fim. Descontraída, natural, como se sempre tivesse sido assim: ele e ela e a conversa que é como boa música.
Ele abandonava-se mais e mais à cadeira quando da boca dela (não dos olhos) sai aquela frase mais escura. O mesmo sorriso, o dos olhos, verdes, mas aquela frase escura, como sombra.
Endireitou-se no assento como quem franze o sobrolho. Atento. E, a pouco e pouco, o discurso manchado de sombras, pontos negros. Abismos entre os dois.
Foi quando olhou novamente no fundo dos olhos dela que percebeu. Eram castanhos. Como sempre haviam sido. Foram verdes por vontade dos seus ao longo dos anos que durou aquela conversa.
No café pediu um chupa-chupa amarelo que suavizasse o amargo incolor que sentia na boca.
Um passo.
Verdes...
Outro passo.
Verdes. Verdes. Verdes.
Uma corrida apressada para atrasar o tique-taque do relógio autoritário que interrompe a ladainha mental.
Só quer que sejam verdes. Os olhos. Dela. Claros, escuros, translúcidos ou profundos, não importa. Mas verdes, sim. Porque os imaginou assim. Porque já os viu de todas as vezes em que sonhou com ela. Que seja ela.
Verdes...
Na praça inundada de sol procura por entre as mesas, como combinaram. Como lhe disseram que ia ser. Ela sorri muito e ele sabe que é ela. Porque sorri com os olhos
verdes.
A conversa flui como boa música, que nunca acaba porque ninguém tem coragem de lhe impor um fim. Descontraída, natural, como se sempre tivesse sido assim: ele e ela e a conversa que é como boa música.
Ele abandonava-se mais e mais à cadeira quando da boca dela (não dos olhos) sai aquela frase mais escura. O mesmo sorriso, o dos olhos, verdes, mas aquela frase escura, como sombra.
Endireitou-se no assento como quem franze o sobrolho. Atento. E, a pouco e pouco, o discurso manchado de sombras, pontos negros. Abismos entre os dois.
Foi quando olhou novamente no fundo dos olhos dela que percebeu. Eram castanhos. Como sempre haviam sido. Foram verdes por vontade dos seus ao longo dos anos que durou aquela conversa.
No café pediu um chupa-chupa amarelo que suavizasse o amargo incolor que sentia na boca.
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