Quando a mancha lhe apareceu no peito não se alarmou. Ao contrário da mãe. Da irmã. Da melhor amiga.
Vais ter que ir ao médico.
Ela assentia uma e outra vez, hum, hum, como quem ignora, como quem espera que esqueçam o formato oval, o tom vermelho-sangue, os laivos ondulantes que lembram uma
impressão digital
marcada a quente na áreola morena, no caminho circundante que o mamilo desenhou.
Vais ter que ir ao médico.
De novo.
Hum, hum.
De novo.
Não vai. Ela sabe o quem, o onde, o como e o porquê daquela mancha. Ela sabe sobretudo que não é uma mancha.
Não vai ao médico porque quer lembrar sempre a lição daquela mancha. Não quer o seu corpo como se nunca ninguém tivesse lá morado.
Vais ter que ir ao médico.
Ela assentia uma e outra vez, hum, hum, como quem ignora, como quem espera que esqueçam o formato oval, o tom vermelho-sangue, os laivos ondulantes que lembram uma
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marcada a quente na áreola morena, no caminho circundante que o mamilo desenhou.
Vais ter que ir ao médico.
De novo.
Hum, hum.
De novo.
Não vai. Ela sabe o quem, o onde, o como e o porquê daquela mancha. Ela sabe sobretudo que não é uma mancha.
Não vai ao médico porque quer lembrar sempre a lição daquela mancha. Não quer o seu corpo como se nunca ninguém tivesse lá morado.
1 comentário:
Adoro tanto que nem sei ;)*
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