Já não sabe como chegou ali nem porquê. De braço estendido,
de alma encolhida,
de arma na mão.
A mão, envolta no revólver como se sempre tivesse sido assim, sangue e pólvora cobertos de pele e aço, assim perdida a fronteira entre humano e desumano.
O outro chora, treme, implora, ajoelha-se num alinhamento perfeito com o cano do objecto que ameaça, prepotente.
Para ele é tudo silêncio. O tempo escorre leitoso, preguiça lentamente sobre aquele momento, como sonho. Como pesadelo.
As lágrimas acordam-no. Não as do outro. As suas.
Largou o revólver no chão quando um tiro de realidade o atingiu em cheio na alma.
de alma encolhida,
de arma na mão.
A mão, envolta no revólver como se sempre tivesse sido assim, sangue e pólvora cobertos de pele e aço, assim perdida a fronteira entre humano e desumano.
O outro chora, treme, implora, ajoelha-se num alinhamento perfeito com o cano do objecto que ameaça, prepotente.
Para ele é tudo silêncio. O tempo escorre leitoso, preguiça lentamente sobre aquele momento, como sonho. Como pesadelo.
As lágrimas acordam-no. Não as do outro. As suas.
Largou o revólver no chão quando um tiro de realidade o atingiu em cheio na alma.
6 comentários:
:) Sweet!!
Gostei muito do que li por aqui.
:)
beijinho`*
Escreves coisas tão bonitas que nunca consigo comentar. Acho sempre que nunca vai estar à altura ;)
Miss You*
"Largou o revólver no chão quando um tiro de realidade o atingiu em cheio na alma." Isto é simplesmente perfeito. Parabéns princesa*
Superas-te a cada texto que escreves. Adoro*
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